Pouca ciência, algum sonho, e muito sono
Há já uns largos tempos que não via um filme tão mau. Não que considere este filme pior que outros que vi também recentemente, nomeadamente D.O.A. Guerreiras Mortais. Simplesmente este último não esconde aquilo que é. Adaptação de um jogo de vídeo, com um argumento risível, interpretações más, e principalmente, nenhumas pretensões de ser um grande filme. Ou seja: se vamos ver D.O.A. Guerreiras Mortais sabemos já de antemão que iremos ver um mau filme. E não nos sentimos defraudados. Tendo avançado esta pequena explicação, retomo o pensamento inicial: há já uns largos tempos que não via um filme tão mau.
A Ciência dos Sonhos é mau porque... não tem nada! É um vazio completo, ridículo muitas vezes. É um vazio onde o personagem principal (Stéphane, interpretado por Gael Garcia Bernal) se passeia, nunca sabendo bem o que é sonho ou realidade; nunca sabendo bem se sonha para fugir à realidade, se usa a realidade para fugir aos sonhos. Realidade e sonho confundem-se num só demasiadas vezes, sem uma destrinça que permita abarcar com clareza a narrativa do filme.
Um filme vazio é mau. Mas torna-se pior quando temos expectativas altas para esse filme. E é natural termos expectativas para um filme. Boas ou más, a realidade é que elas estão lá sempre. Para este filme, eu tinha expectativas bem altas. Para começar, tinha Michel Gondry, realizador de O Despertar da Mente - filme que adorei - e vários (e excelentes) videoclips de Björk (nomeadamente o meu preferido - o de Bachelorette). Depois tinha Gael García Bernal. Posso não conhecer a fundo todo o seu trabalho. mas do que conheço gosto. Muito. Tinha Charlotte Gainsbourg. Confesso que como actriz pouco conheço do seu trabalho. Mas gosto do que ela canta.
Com estas expectativas, o que correu mal? Começemos por Michel Gondry. Apostou demasiadamente num visual muito apoiado num visual de videoclip. Erro crasso. Aquilo que resulta num pequeno filme de 3, 4 ou mesmo 5 minutos não justifica que nisso se baseie uma longa metragem de 1h40. E é essa a impressão com que se fica. Gondry queria experimentar com um determinado visual, e inventou uma história sem pés nem cabeça para o poder fazer. Charlotte Gainsbourg vagueia pelos vários cenários como se não soubesse bem o que está a fazer. E nem vou falar da colecção ridícula de personagens secundários. No meio de tudo isto... apenas Gael García Bernal consegue dar alguma (pouca) profundidade a uma história que não a tem.
A Ciência dos Sonhos é mau porque... não tem nada! É um vazio completo, ridículo muitas vezes. É um vazio onde o personagem principal (Stéphane, interpretado por Gael Garcia Bernal) se passeia, nunca sabendo bem o que é sonho ou realidade; nunca sabendo bem se sonha para fugir à realidade, se usa a realidade para fugir aos sonhos. Realidade e sonho confundem-se num só demasiadas vezes, sem uma destrinça que permita abarcar com clareza a narrativa do filme.
Um filme vazio é mau. Mas torna-se pior quando temos expectativas altas para esse filme. E é natural termos expectativas para um filme. Boas ou más, a realidade é que elas estão lá sempre. Para este filme, eu tinha expectativas bem altas. Para começar, tinha Michel Gondry, realizador de O Despertar da Mente - filme que adorei - e vários (e excelentes) videoclips de Björk (nomeadamente o meu preferido - o de Bachelorette). Depois tinha Gael García Bernal. Posso não conhecer a fundo todo o seu trabalho. mas do que conheço gosto. Muito. Tinha Charlotte Gainsbourg. Confesso que como actriz pouco conheço do seu trabalho. Mas gosto do que ela canta.
Com estas expectativas, o que correu mal? Começemos por Michel Gondry. Apostou demasiadamente num visual muito apoiado num visual de videoclip. Erro crasso. Aquilo que resulta num pequeno filme de 3, 4 ou mesmo 5 minutos não justifica que nisso se baseie uma longa metragem de 1h40. E é essa a impressão com que se fica. Gondry queria experimentar com um determinado visual, e inventou uma história sem pés nem cabeça para o poder fazer. Charlotte Gainsbourg vagueia pelos vários cenários como se não soubesse bem o que está a fazer. E nem vou falar da colecção ridícula de personagens secundários. No meio de tudo isto... apenas Gael García Bernal consegue dar alguma (pouca) profundidade a uma história que não a tem.
É pena ver este desperdício de talento. Esperemos que, das duas uma. Ou Michel Gondry desenvolve extraordinariamente os seus dotes de argumentista, ou volta a utilizar material de terceiros (como de Charlie Kaufman para O Despertar da Mente). Não aguentava outro filme como este.
4 comments:
Ai... e eu que tenho/tinha tantas expectativas :S
Ora nem mais. Finalmente alguém na blogosfera que não defende o filme a unhas e dentes sem sequer o ter visto ainda. Quando disse que era péssimo até a casa ruiu.
Cumprimentos.
Caro knoxville,
Antes de ver o filme também eu era capaz de o ter defendido com unhas e dentes. Daí a minha reacção negativa tão veemente!
Cumprimentos!
eu cheguei um pouco atrasado, mas venho falar que minha opinião étotalmente contraria. MIchl utiliza alinguagem, tão bem executada por ele, a dos videoclipes, pra fazer um filme excepcional. Rico.
E nem vale a pena mencionar esses filmes que vc citou...
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