Les Chansons d'Amour
Depois do (e durante o) visionamento do novo filme de Christophe Honoré, a maior sensação que me invadiu foi de alívio. Isto porque, depois de lidas alguns artigos sobre o filme, esperava um musical completo. Ou seja, apenas música, sem diálogo falado. O que para mim (e atenção, eu sou uma grande defensora de musicais!!) é um pouco demais. Quando me apercebi que não era este o caso, pude apreciar o filme ainda mais.
Não me é fácil explicar o porquê de ter gostado tanto assim deste filme. Como musical, é no mínimo, surpreendente. Se bem que espelhe um final onde se projecta alguma esperança, é talvez o mais duro e amargo musical que alguma vez vi. Como drama (apesar de ter alguns momentos mais leves, cómicos, mesmo, no fundo é mais drama que comédia) é igualmente surpreendente, devido ao elevada presença de números musicais (se bem que isso para mim, pessoalmente não seja qualquer problema, que fique bem claro!).
É um facto que está bem realizado. É um facto que as interpretações são excelentes, especialmente as de Louis Garrel e Chiara Mastroiani; ele mais explosivo, ela incomodativamente contida, cada um a sofrer, e a querer superar à sua maneira a perda de Julie (Ludivine Sagnier). É um facto que a banda sonora de Alex Beuapain (que já tinha proporcionado um dos melhores momentos de "Dans Paris") é extraordinária. É mesmo a melhor coisa do filme (uma boa banda sonora de um musical sustém-se a si mesma, não precisa do filme para fazer sentido, e isso acontece aqui), pontuando os momentos mais emocionais da melhor forma. Só o argumento podia ser melhor, mais consistente, porque se notam alguns desiquilíbrios entre as duas partes demarcadas no filme.
O mais importante de tudo é que o filme me fez vivê-lo. Fez-me viver os dilemas das personagens, fez-me rir com elas, fez-me chorar com elas, fez-me sentir o desespero delas, as suas motivações, as suas dúvidas... e finalmente; a sua evolução, não vista, mas antes percepcionada.
É isto que eu espero num filme. É por isso que, apesar da (para mim, mínima) deficiência do argumento, "Les Chansons d'Amour" é, para mim, um dos bons filmes que sobressaem neste ano que tem sido tão fraco...
Não me é fácil explicar o porquê de ter gostado tanto assim deste filme. Como musical, é no mínimo, surpreendente. Se bem que espelhe um final onde se projecta alguma esperança, é talvez o mais duro e amargo musical que alguma vez vi. Como drama (apesar de ter alguns momentos mais leves, cómicos, mesmo, no fundo é mais drama que comédia) é igualmente surpreendente, devido ao elevada presença de números musicais (se bem que isso para mim, pessoalmente não seja qualquer problema, que fique bem claro!).
É um facto que está bem realizado. É um facto que as interpretações são excelentes, especialmente as de Louis Garrel e Chiara Mastroiani; ele mais explosivo, ela incomodativamente contida, cada um a sofrer, e a querer superar à sua maneira a perda de Julie (Ludivine Sagnier). É um facto que a banda sonora de Alex Beuapain (que já tinha proporcionado um dos melhores momentos de "Dans Paris") é extraordinária. É mesmo a melhor coisa do filme (uma boa banda sonora de um musical sustém-se a si mesma, não precisa do filme para fazer sentido, e isso acontece aqui), pontuando os momentos mais emocionais da melhor forma. Só o argumento podia ser melhor, mais consistente, porque se notam alguns desiquilíbrios entre as duas partes demarcadas no filme.
O mais importante de tudo é que o filme me fez vivê-lo. Fez-me viver os dilemas das personagens, fez-me rir com elas, fez-me chorar com elas, fez-me sentir o desespero delas, as suas motivações, as suas dúvidas... e finalmente; a sua evolução, não vista, mas antes percepcionada.
É isto que eu espero num filme. É por isso que, apesar da (para mim, mínima) deficiência do argumento, "Les Chansons d'Amour" é, para mim, um dos bons filmes que sobressaem neste ano que tem sido tão fraco...
1 comment:
Se há coisa que este filme tem é vida... vida a transbordar. Que belo reencontro com Honoré.
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