Haverá Sangue, Assombro, Génio, Cinema e Muito, Muito Mais…
Perante uma coisa desta dimensão, confesso-me incapaz de articular gestos ou palavras que se possam constituir num discurso minimamente racional. É nestas alturas que invejo os grandes escritores, aqueles que conseguem pela palavra dar vida a uma realidade, no presente caso a intensidade de emoções, pensamentos e sensações que There Will Be Blood me despertou. Nos momentos que se sucederam à projecção, o grande silêncio da total sideração foi mesmo a única resposta que consegui produzir. Hoje, dois dias depois, não tendo o dom do verbo, pouco mais consigo articular que um conjunto de banalidades. Sim, é genial, único, inovador, clássico instantâneo, obra-prima absoluta, maior que a vida, avassalador, sublime, filme maior. Tudo isso e provavelmente todos os outros superlativos de que se lembrem. Tem plano perfeito atrás de plano perfeito. Tem a melhor interpretação de Daniel Day-Lewis (ou seja, tem uma das melhores interpretações já vistas). Tem uma banda sonora que é agente activo na gestão do espaço e do ambiente, como não me lembro de ver (ouvir) na minha vida adulta. Na verdade, isolar qualquer aspecto desta estarrecedora experiência é de alguma forma menorizá-la, por isso fica apenas o testemunho da minha total e incondicional rendição a There Will be Blood e a PT Anderson.
1 comment:
Subscrevo o estado mudo.
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