3.12.06

Como nos relacionamos com o(s) outro(s)?


Babel é um filme sobre a incomunicabilidade, seja pela incapacidade física de falar, por se falarem línguas diferentes, ou simplesmente porque as diferenças raciais, políticas, sociais, ideológicas, não permitem que seja possível compreender e respeitar o outro.

Babel é, portanto, um filme sobre a forma como nos relacionamos com outras pessoas, e as consequências que resultam da incapacidade de ultrapassar as diferenças que nos separam. Iñárritu explora, pois, as fragilidades e limitações do ser humano, mas também a força das ligações afectivas, que estabelecemos com um pai, um filho, um irmão, um amigo, ou com a pessoa que amamos. Ou ainda: como necessitamos dessas relações e, através delas, reconhecemos (e recuperamos?) a nossa humanidade.

Babel
é, enfim, um filme dolorosamente actual, humano e real, vivido num turbilhão de emoções constante, entre o sofrimento e o desespero (e a esperança?). Uma das experiências mais arrebatadoras que se pode ter numa sala de cinema, e um dos filmes máximos do presente ano cinematográfico.

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