"Eu nunca fiz senão sonhar."
Em Big Fish, Tim Burton alterna realidade e ficção, contando a história de um pai às portas da morte que sempre contou as mais loucas aventuras da sua vida e de um filho que procura conhecer o homem que se esconde por detrás das histórias, ao mesmo tempo que este recorda algumas das fantasias que o pai sempre contou e que ainda conta.
No final, mesmo antes da morte do pai e do verdadeiro funeral, é a vez do filho lhe contar a história da sua morte (mas que o pai comenta, sorrindo com as forças que lhe restam, como sendo a história da sua vida). Apesar de todas as diferenças, em ambos os funerais há algo em comum, pouco característico: há mais sorrisos do que lágrimas.
Qual é afinal, o papel do sonho, o objectivo máximo das histórias loucas de Edward Bloom? Talvez seja esse: sorrir de tal forma nos sonhos que, quando volta à realidade, o sorriso vem com ele (ainda que a fantasia lá permaneça), e com os que o rodeiam também. E não há momento mais tocante e que melhor demonstre esse cruzamento do sonho com a vida do que aquelas imagens finais do funeral verdadeiro, em que vemos todos falando entusiasticamente, com sorrisos na cara em vez de lágrimas. De repente, percebemos que estão a contar histórias... as histórias de Edward Bloom.
Afinal, talvez não tenha sido tanto o fundo verdadeiro das suas aventuras que o definiram enquanto ser humano, mas o lado fantástico que lhes acrescentou. Talvez, com todas as viagens que fez (e que foram muitas), as mais verdadeiras tenham sido aquelas que fez dentro de si. E talvez tenha sido aí o lugar mais longínquo até onde viajou, onde se reencontrou, e onde foi finalmente reencontrado.
P.S.: Vem este post a propósito de um revisionamento que é ao mesmo tempo um visionamento, na medida em que foi, desta vez, visto na sua recente edição em blu-ray, com uma magnífica qualidade de imagem (se esquecermos o pormenor do ligeiro desequilibrio da quantidade de grão de cena para cena), que permite apreciar o fabuloso imaginário Burtoniano em todo o seu esplendor.
No final, mesmo antes da morte do pai e do verdadeiro funeral, é a vez do filho lhe contar a história da sua morte (mas que o pai comenta, sorrindo com as forças que lhe restam, como sendo a história da sua vida). Apesar de todas as diferenças, em ambos os funerais há algo em comum, pouco característico: há mais sorrisos do que lágrimas.
Qual é afinal, o papel do sonho, o objectivo máximo das histórias loucas de Edward Bloom? Talvez seja esse: sorrir de tal forma nos sonhos que, quando volta à realidade, o sorriso vem com ele (ainda que a fantasia lá permaneça), e com os que o rodeiam também. E não há momento mais tocante e que melhor demonstre esse cruzamento do sonho com a vida do que aquelas imagens finais do funeral verdadeiro, em que vemos todos falando entusiasticamente, com sorrisos na cara em vez de lágrimas. De repente, percebemos que estão a contar histórias... as histórias de Edward Bloom.
Afinal, talvez não tenha sido tanto o fundo verdadeiro das suas aventuras que o definiram enquanto ser humano, mas o lado fantástico que lhes acrescentou. Talvez, com todas as viagens que fez (e que foram muitas), as mais verdadeiras tenham sido aquelas que fez dentro de si. E talvez tenha sido aí o lugar mais longínquo até onde viajou, onde se reencontrou, e onde foi finalmente reencontrado.
P.S.: Vem este post a propósito de um revisionamento que é ao mesmo tempo um visionamento, na medida em que foi, desta vez, visto na sua recente edição em blu-ray, com uma magnífica qualidade de imagem (se esquecermos o pormenor do ligeiro desequilibrio da quantidade de grão de cena para cena), que permite apreciar o fabuloso imaginário Burtoniano em todo o seu esplendor.
4 comments:
Já rendido à nova tecnologia? ;)
O melhor Tim Burton!
wasted: É verdade, fiquei fascinado de imediato!
carlos: Concordo. Também é o que mais me fascina.
Gosto principalmente da nova aquisição de Burton: Steve Buscemi!
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