13.4.07

todos os sonhos do mundo


Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte disso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

- Álvaro de Campos

Sam Lowry não aceita uma promoção no emprego que a mãe, através dos seus contactos, lhe conseguiu arranjar. A mãe pergunta-lhe, indignada, se ele não tem desejos, esperanças, sonhos... Sam responde que não,
not even dreams. Mas, na verdade, ninguém tem sonhos como ele. Sonhos tão loucos que só se sonham de noite, mas que Sam também os sonha de dia - esses sonhos que também nos podem ser, ao mesmo tempo, mais reais que a vida. Porém, estão envoltos, simultaneamente, numa ideia trágica: são sonhados sem um único fundo de esperanças, no limite do desespero.

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