A Dama-Dragão
Que não haja dúvidas: Meryl Streep domina «O Diabo Veste Prada». Mesmo quando não está em cena, se sente a influência da sua personagem sobre todas as outras, de tal modo conseguiu contrui-la e torná-la real.
O que poderia ser mais uma banalíssima crítica ao mundo da moda, às mulheres de carreira, às escolhas a fazer para realizar os sonhos de cada um (e tão fácil que poderia ter sido!), é antes uma sátira inspirada, e que, a espaços, se sente real - isto por "culpa" de Mery Streep, cuja personagem é verdadeiramente um dragão, sem escrúpulos, em olhar a fins para atingir os seus meios.
No meio disto tudo, Anne Hathaway é o contraponto perfeito. No meio do glamour emanado por Streep, sente-se ali uma certa dose de idealismo, provincianismo e simplicidade, que vai ser muito posto à prova, e que se irá alterar com o passar do tempo, e com o desenvolver das circunstâncias.
E é precisamente no desenvolver das circunstâncias, e na alteração do padrão comportamental de Andy (Anne Hathaway) que se encontra o maior interesse do filme, e também o maior impacto de Miranda (Meryl Streep)... esse impacto que ela consegue ter em todas as alturas - até mesmo quando não está no ecrã, pois temos como certo que tudo quanto Andy faz, o faz para conseguir agradar a Miranda e segurar o seu emprego - e que consegue ser tão variado como possível, com apenas mais um sobrolho franzido, ou um trespassar momentâneo de fraqueza pelo seu olhar...
Só é pena o final. O final típicamente de Hollywood. O final politicamente correcto. O final "feliz" que o público gosta de sentir neste tipo de filmes. Mas que porém não se adapta ao que vinha sendo o rumo das personagens ao longo da duração do filme. Mas uma discussão sobre finais (felizes ou não) ficará decerto para outra ocasião, já que é uma temática que daria para encher várias páginas...
O que poderia ser mais uma banalíssima crítica ao mundo da moda, às mulheres de carreira, às escolhas a fazer para realizar os sonhos de cada um (e tão fácil que poderia ter sido!), é antes uma sátira inspirada, e que, a espaços, se sente real - isto por "culpa" de Mery Streep, cuja personagem é verdadeiramente um dragão, sem escrúpulos, em olhar a fins para atingir os seus meios.
No meio disto tudo, Anne Hathaway é o contraponto perfeito. No meio do glamour emanado por Streep, sente-se ali uma certa dose de idealismo, provincianismo e simplicidade, que vai ser muito posto à prova, e que se irá alterar com o passar do tempo, e com o desenvolver das circunstâncias.
E é precisamente no desenvolver das circunstâncias, e na alteração do padrão comportamental de Andy (Anne Hathaway) que se encontra o maior interesse do filme, e também o maior impacto de Miranda (Meryl Streep)... esse impacto que ela consegue ter em todas as alturas - até mesmo quando não está no ecrã, pois temos como certo que tudo quanto Andy faz, o faz para conseguir agradar a Miranda e segurar o seu emprego - e que consegue ser tão variado como possível, com apenas mais um sobrolho franzido, ou um trespassar momentâneo de fraqueza pelo seu olhar...
Só é pena o final. O final típicamente de Hollywood. O final politicamente correcto. O final "feliz" que o público gosta de sentir neste tipo de filmes. Mas que porém não se adapta ao que vinha sendo o rumo das personagens ao longo da duração do filme. Mas uma discussão sobre finais (felizes ou não) ficará decerto para outra ocasião, já que é uma temática que daria para encher várias páginas...
1 comment:
Concordo plenamente em tudo o que dizes! A personagem interpretada brilhantemente (na minha opinião) por Meryl Streep é para mim a melhor personagem de todo o filme! Todo aquele glamour juntamente com toda a arrogância, o ser déspota que representa ... simplesmente fantástico!
Quanto ao final adorei embora preferisse outro final! Mas como acontece em quase todos os filmes, também este teve o final politicamente correcto!
Beijinhos *
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