O Sonho Americano
Apenas um pequeno e desiludido comentário sobre o mais recente filme de Paul Weitz («About a Boy», «In Good Company»), que a crítica americana se encarregou (indirectamente, claro) de afastar das salas portuguesas, com a fraca recepção que teve. Apesar de ter mantido as expectativas, a verdade é que a desilusão é tanto maior quanto mais nos lembramos como Paul Weitz é um realizador/argumentista bastante promissor.
Weitz pretende, em «American Dreamz», fazer uma crítica político-social à actualidade mundial, em particular aos Estados Unidos, mas este filme falha precisamente onde o anterior, «In Good Company», acertava: na genuinidade das relações humanas. Não nos devemos esquecer que, mesmo que o objectivo seja sobretudo político, um filme não dispensa um desenvolvimento de personagens que aproxime o espectador da mensagem a transmitir. De qualquer forma, mesmo nunca passando do superficial, «American Dreamz» até funciona como divertimento até à parte final, em que Paul Weitz recorre a uma resolução demasiado fácil e apressada, ao mesmo tempo que muda radicalmente de tom sem que exista qualquer densidade dramática para sustentar os seus objectivos.
Weitz pretende, em «American Dreamz», fazer uma crítica político-social à actualidade mundial, em particular aos Estados Unidos, mas este filme falha precisamente onde o anterior, «In Good Company», acertava: na genuinidade das relações humanas. Não nos devemos esquecer que, mesmo que o objectivo seja sobretudo político, um filme não dispensa um desenvolvimento de personagens que aproxime o espectador da mensagem a transmitir. De qualquer forma, mesmo nunca passando do superficial, «American Dreamz» até funciona como divertimento até à parte final, em que Paul Weitz recorre a uma resolução demasiado fácil e apressada, ao mesmo tempo que muda radicalmente de tom sem que exista qualquer densidade dramática para sustentar os seus objectivos.
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