wide awake, now...
O tema está presente, de forma mais ou menos explítica, em qualquer filme de Shyamalan, mas num deles sobressai: «Sinais». Tal como neste, qualquer coisa se perdeu, sentindo a personagem principal necessidade de acreditar em algo divino, de forma a evitar a solidão. Por outro lado, contrariamente a «Sinais», não é um padre que duvida da sua fé, mas uma criança de dez anos, que decide procurar Deus após a morte do avô.
O caminho é, como sempre, composto por dúvidas e incertezas, mas adaptadas à visão ingénua e sincera de uma criança, que Shyamalan capta de forma incrivelmente genuína e comovente, pela forma como constrói personagens e relações. Uma das taglines do filme diz-nos: “Meeting your best friend. Finding your favorite teacher. Having your first crush. Remember what it felt like to be...”. E não deixa de ser verdade: os sentimentos que levam o pequeno Joshua a prosseguir na sua busca são de tal forma sinceros, que M. Night Shyamalan permite, de facto, que o espectador se recorde de como é ser criança.
2 comments:
O filme foi a uns anos transmitido pelos extintos canais LUSOMUNDO mais precisamente no GALERY, é verdade que algo no registo autoral já é perceptível, embora não o considere uma obra imaculada, assim como nao considero O SEXTO SENTIDO.
Mas de qualquer maneira é um filme a descobrir por todos os que gostam e até por quem critica a "rigidez" narrativa de M.Night.
Também eu só considero que as obras-primas de M. Night Shyamalan só aparecem a partir de O Sexto Sentido, apesar de considerar tanto este como Wide Awake, dois belíssimos filmes. Estou, neste momento, muito expectante para o Lady in the Water.
Abraço.
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